wAssim Falava Zollver
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wsegunda-feira, maio 26, 2008


Eis que me ocorreu de visitar este velho blog. Passaram-se alguns anos, uns quatro, sem que eu descobrisse o sentido das coisas, sem que eu, também, postasse por essas bandas. É nessas horas que se vê, de fato, a mudança operada em cada milímetro da vida - da minha, de minha família, dos meus amigos. Em uma hora dessas ( ah, sei lá! Mais de meia noite), nesse embolado de frases, não possivelmente com a nitidez necessária, eu enxergo o passado.

Eu tento me imaginar, cheio de sonhos na cabeça, com uma certa tristeza que nunca me foi estranha, com essa necessidade de me envolver com alguém, de me apaixonar, nem que seja secretamente, nem que para o amor perdurar apenas nas reticências. Eu ainda me esforço para ver aquele meu Eu de 22 anos de idade, a perder segundos preciosos preocupado com o parco conhecimento gramatical, a solidão, a melancolia, a falta de rumo, a inercia e tantas outras coisas a mais que não sei se são de hoje ou de antes, nesse casulo cuja mistura de presente e passado não vislumbra necessariamente algum futuro sem um certo temor.

Aquela lágrima, aquele quê de tristeza, quase se me transfigura em uma expressão ou outra, em algum suspiro, sem, ao menos, ser algo que dói, que representa o que verdadeiramente sinto.

Mudei, profundamente, em alguns anos. Mas, estranhamente, me reconheci nas outras postagens. E ao me reconhecer, percorri a ponte quebradiça e longa da memória até chegar aqui, nesta linha, e reconhecer a grande diferença entre nós dois. O que eu fui e o que eu sou.

A terrível conclusão é não ter tido forças para viver em minha plenitude. Encontrei o amor de Eveline, que foi amor por algum tempo, que é ainda amor, porque o amor daquele tempo ainda existe, não em mim, mas em todos os momentos brilhantes eternizados a cada compartilhar de pensamentos, naquela afinidade transportada a um nível superior de entendimento e companheirismo. No mundo material, desgastou-se o amor nas nossas limitações humanas, nas diferenças de objetivos, e em milhares de outras pequenos baques e arranhóes. Foi o um momento especialissimo para nós dois, sem ter o medo de ser pretensioso nessa afirmação.

O vazio de antes retornou e se juntou a outros vazios. Viver deve se tratar de preencher as lacunas da alma, da mente e do coração. Ainda me falta muito. Ainda me faltam as palavras(memso, Adriana).

Bem, me distanciei do que pretendia fazer, mas fiz o que achava necessário, ao reencontrar essas antigas palavras.

O que eu deixo para o meu Eu futuro é... Cuide melhor de Hugo, melhor do que eu tenho feito. Tenho certeza que agora você deve estar rindo lendo isso, porque você é feliz.

abraço a você e a todos que me encontraram de alguma forma. Ainda há muito amor aqui dentro. Vou preservá-lo para você.

posted by Hugo at 00:13